Livro: Crimbfuor – Chegada a Atrithar
Autor: Mike Ross
Ano: 2013
Editora: Giostri
Ao se dar conta
de que a única forma de reencontrar sua mãe é encarar a assombrada Mansão
Crimbfuor, James Tombbey, personagem principal da ficção do autor Mike Ross,
conduz o leitor por uma aventura, literalmente, de outro mundo.
A trama se inicia
no dia do aniversário do jovem James, o “dia do sortilégio”, quando todos os
anos sua mãe lhe faz um corte no antebraço para “protegê-lo de qualquer mal”. O
significado esse “ritual macabro” não é revelado pelo autor, deixando que o
leitor aguarde com curiosidade o próximo volume.
Mas, o “dia do sortilégio”
não é, nem de longe, o único fato que intriga em Crimbfuor – Chegada a Atrithar.
Desde o primeiro capítulo vários acontecimentos misteriosos se sucedem e se
acumulam sem um sentido lógico imediato, fazendo com que o leitor queira
avidamente desvendá-los na página seguinte. Assim é o sumiço da mãe de James,
substituída por um boneco enquanto tocava piano.
“James abriu a
porta com um rangido e acendeu a luz. Tudo estava no lugar: o piano de cauda
preto, o pequeno sofá, as poltronas vermelhas. O horror veio quando o garoto percebeu
o corpo caído ao lado do piano. Não. James correu até onde estava sua mãe,
desesperado. As lágrimas jorraram dos olhos, enquanto tentava assimilar o que
ocorria. (...) assim como acontecera com Tânia, haviam deixado um boneco no
lugar da mãe”.
Quando entram na
Mansão Crimbfuor, James e sua amiga Judith encontram o garoto Ted, preso na
velha Mansão há 33 anos, e o velho “bruxo” Hillmer que lhe mostra uma poderosa
magia, “o toque”, e o caminho para salvar sua mãe: teriam que atravessar o
espelho que leva a Atrithar, um mundo paralelo chamado de terra das lendas, e
combater o Rei do Castelo de Vidro.
A partir daí a
ficção de Mike Ross ganha em aventura e surpresas. Em Atrithar os jovens se
transformam em guerreiros hábeis – James num “arqueiro de Turuv”, Judith em “espadachim
de Luren” e Ted num curandeiro. Detentores de poderes mágicos surpreendentes os
jovens partem em busca da Uva Branca, vencendo inúmeros desafios e vivendo
momentos perigosos.
O final dessa
aventura deixa o leitor com muitas interrogações na cabeça e uma vontade de ler
o próximo livro.
Destaca-se, além
da excelente estória, fluida e intrigante construída pelo autor, a arte da capa
e diagramação da Editora Giostri.
Para
quem gosta de literatura jovem, Crimbfuor – Chegada a Atrithar é, com certeza,
uma boa leitura.
Fabrício Cruz
Fabrício Cruz